3 Histórias da Bíblia sobre o perdão


    Uma das coisas mais difíceis de fazer é perdoar. Muitas pessoas vão dizer que já perdoaram alguém, mas quando as coisas ficam difíceis com essa pessoa, todas as coisas que supostamente tinham perdoado são trazidos de volta. Separei três histórias da Bíblia sobre o perdão, que irá demonstrar que o perdão é tudo.


"Não julguem e vocês não serão julgados. Não condenem e não serão condenados. Perdoem e serão perdoados." Lucas 6: 37 facebook.com/livrodeus




José e seus irmãos (Gênesis 37-50)

    A maioria das pessoas conhece a história de José, que era um dos filhos de Jacó, que fazia questão de mostrar que José era seu favorito. Isso fez com que José fosse odiado por seus irmãos. Quando José tinha 17 anos, ele compartilhou sonhos que ele teve, que foram interpretados no sentido de que todos na família iria se curvar a ele um dia. Isso fez com que seus irmãos ficassem furiosos.

Um dia Jacó enviou José para checar o que seus irmãos estavam fazendo. Quando ele os encontrou, seus irmãos planejaram matá-lo. Através de uma série de eventos, seus irmãos falsificaram a sua morte e venderam José como escravo. Os irmãos de José mostraram ao seu pai a túnica de José manchado de sangue de animais, Jacó se entristeceu muito e entrou em depressão.

Ao longo dos anos, José trabalhou como escravo no Egito. Ele sofreu prisão, acusações falsas e abandono. No entanto, ele nunca abandonou Deus. Com o tempo José conquistou uma posição de autoridade, o segundo na hierarquia do Egito, o primeiro era Faraó. Por causa da fidelidade de José, Deus o abençoou com sabedoria.

    Em tempos de miséria, Jacó enviou seus filhos para comprar trigo no Egito. José reconheceu eles como seus irmãos, mas eles não o reconheceram. Através de uma série de decisões, José conseguiu fazer com que seus irmãos confessassem seus pecado a respeito do que eles tinham feito. José então se revelou a seus irmãos e enquanto estavam todos chorando, ele os encorajou pois o que tinham feito resultou na salvação da família.

Faraó forneci um terreno, para a família de José viver no Egito, eles se mudaram para a terra e viveram lá. Cerca de dois anos depois, Jacó morreu, o que trouxe medo para os irmãos de José, eles achavam que José iria executar uma vingança pelo oque eles tinham feito. Eles vieram e se inclinaram a ele e pediram perdão, cumprindo o sonho. No entanto, José os tranquilizou, lhes dizendo, o que eles fizeram para o mal, Deus fez para o bem. Ele continuou dizendo que não devem temer, pois ele iria cuidar deles e de seus filhos.





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A negação de Jesus por Pedro (Mateus 26: 26-69, João 21: 15-17; 1 Pedro 3: 8-9, 4: 8)

    Depois que Jesus foi levado em custódia no Jardim do Getsêmani, Pedro seguiu secretamente para ver o que iria acontecer. Três vezes, Pedro foi identificado como alguém que conhecia Jesus. No entanto, Pedro negou conhecer Jesus  por três vezes, mesmo xingando durante a última negação. Naquele momento, Pedro havia negado Jesus três vezes. Jesus lhe tinha dito que iria acontecer, quando Pedro orgulhosamente disse que nunca negaria Jesus. Após o reconhecimento, Pedro saiu e chorou amargamente.

Depois da ressurreição, Jesus, Pedro, e outros estavam sentados em uma praia e Jesus perguntou a Pedro três vezes se ele o amava. Ele afirmou diretamente que ele amava Jesus. Pedro ensinou sobre o amor e perdão mais tarde, em 1 Pedro 3: 8-9 e 1 Pedro 4: 8.



A mulher apanhada em adultério (João 8: 1-11)

    Jesus estava ensinando sobre o Monte das Oliveiras. Os escribas e os fariseus trouxeram uma mulher a Ele que tinha sido pega em ato de adultério. Eles o confrontou, a lei diz que ela deve ser apedrejada e pediram a sua opinião. Visto que continuavam a interrogá-lo:

 "Ele se levantou e lhes disse: Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela" (João 8: 7)

Depois de dizer isso, um por um, eles deixaram cair suas pedras, e saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficou só Jesus e a mulher. Jesus perguntou a mulher, onde estão seus acusadores? ninguém te condenou? Ela respondeu que não havia mais ninguém. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.



O que podemos aprender com essas histórias?

    Na história de José e seus irmãos, percebemos, que as vezes, a oportunidade para o perdão leva um longo tempo. Se formos ofendidos, devemos sempre estar prontos a perdoar e viver a nossa vida com o perdão. E buscando sempre a Deus para crescer, a nossa fé deve ser a nossa motivação. Se o ofensor não pedir perdão, devemos dar-lhe imediatamente, e com sabedoria entender como Deus usou o incidente para o bem.

Na história de Pedro e Jesus, aprendemos que segundo Deus o arrependimento muitas vezes vem em um momento de reconhecimento do nosso pecado. As vezes não é preciso nem palavras para o perdão, como quando Jesus e Pedro se olharam. Depois da ressurreição, quando Jesus perguntou a Pedro três vezes se ele o amava, ele ofereceu uma oportunidade para Pedro afirmar o seu amor por Jesus três vezes em oposição às suas três negações. Às vezes, o perdão não pode ser diretamente, mas comportamentos exteriores e afirmação pode demonstrar um coração arrependido. A oportunidade deve ser dada para o ofensor para reafirmar a sua vontade de perdão.

Na história da mulher apanhada em adultério, ficamos sabendo que, por vezes, o perdão não vem assim que a ofensa é tomada. Jesus deliberadamente teve tempo para pensar sobre sua resposta às autoridades religiosas ( Tiago 1: 19 ). Ele demonstrou o Seu amor, não a condenando. Isso motivou a mulher a levar a sério as palavras de Jesus, para ir e não pecar mais. Devemos sempre nos perguntar quando algo de ruim acontece, se o amor pode cobri-lo (1 Pedro 4: 8) e se há alguma coisa que podemos fazer para melhora a situação. Isso pode proporcionar uma oportunidade mais tarde, para incentivar e encorajar a pessoa, a se arrepender e caminhar com Deus.

    Por fim, aprendemos que quando o perdão é concedido, tudo ocorre perante a vontade de Deus. O ofensor se humilha em arrependimento diante do perdão do ofendido. Isto é exatamente o que Deus faz por nós (1 João 1: 9). Como Deus, que nos perdoa pelos nossos pecados, também nós nunca devemos trazer de volta os pecados que foram perdoados (Salmos 103: 12). E sempre devemos estar prontos a perdoar novamente, se necessário (Mateus 18: 21-22).

Muitas pessoas pedem desculpas e dizem que sentem muito, em vez de pedir perdão. Desculpas não é a mesma coisa que perdão. A palavra de desculpas vem de uma palavra grega "apologos". Ele só deve ser usada nos casos em que tenha ocorrido nenhum pecado, como no caso de um acidente em que ninguém teve culpa. Já o perdão é desistir do seu direito de obter justiça, pois assume os erros e pecados que foram cometidos.



Conclusão

    Todas as três histórias demonstram que o perdão aplica-se em uma variedade de situações, e podem ou não ser imediatamente perdoados. Eles demonstram que o perdão deve envolver a humilhação do ofensor, que sempre tem que buscar o seu perdão. A pessoa ofendida também deve oferecer perdão, e depois de perdoado, nunca tem o direito de trazer de volta a questão, uma vez que o perdão foi concedido. Com a Bíblia aprendemos que o amor deve vim acima de tudo (1 João 4: 7-8), Deus é amor e quando se tem amor por Deus e pelas as pessoas, o perdão se torna algo fácil de se entender. Não só o perdão como tudo nessa vida.


"Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa muitíssimos pecados." (1 Pedro 4:8) facebook.com/livrodeus







Adaptado do artigo de Dr. Michael Williams 

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